Hipnose Instrumental "Sonoterapia não Medicamentosa"
FISIOLOGIA DO SONO
O sono e considerado um mecanismo de proteção e reparação do organismo, ou seja, e a inibição protetora do córtex.
Do ponto de vista neurofisiológico, sabe-se que os principais fenômenos acontecem durante o sono, que são:
DEAFERENTAÇÃO - Os estímulos esteroceptivos que bombardeiam os órgãos dos sentidos deixam de atingir o córtex cerebral e não são mais percebidos conscientemente
PERDA DA CONSCIÊNCIA - Todas as atividades conscientes que são em grande parte realizada pelo córtex cerebral como percepção, linguagem entre outras também são desativadas durante o sono.
Esses dois fenômenos ocorrem por responsabilidade da formação reticular que recebe conexões derivadas de praticamente todos os sistemas sensoriais do cérebro mantendo a sua atividade ou diminuindo.
MODALIDADES DA INDUÇÃO DO SONO
Vários processos podem ser empregados para a indução do sono tais como por drogas hipnóticas, por bloqueio medicamentoso cor tico-diencefalo-hipofisario, por supressão de estímulos externos, pelo emprego de estímulos débeis, monótonos, persistentes, intermitentes através da hipnose tradicional ou pela hipnose instrumental com foto estimulação e os BWS.
SINTETIZADORES DE ONDAS CEREBRAIS
As primeiras pesquisas cientificam sobre os efeitos de som e luz no cérebro já tem inicio nos anos 30 na qual descobriram que a atividade cerebral tendia a assumir o ritmo de uma luz piscante e anteriormente quando se fixava o olhar em uma fogueira, ou seja, em todas essas situações percebia-se que a atividade cerebral diminuía rapidamente para um estado de relaxamento profundo e o que viu também posteriormente o neurocientista britânico W. Gray Walter usando um estromboscopio em sessão de EEG.
Com base nesses dados, diversos pesquisadores começaram a desenvolver equipamentos capazes de modificar mais rápido os níveis de vigília, consciência, relaxamento entre outros. Praticamente os pioneiros desses aparelhos foram dois cientistas chamados Kroger e Schneider que desenvolveram e denominaram Brain Wave Synchronyzer que eram muito grandes podendo só fazer indução coletiva e que fizeram em um grupo de grávidas com muita facilidade no Edgewater Hospital em Chicago.
Atualmente os BWS compõem de um central micro computadorizada que produz as mesmas intensidades e frequências, porem tão pequeno em comparação com seu antecessor que pode ser transporta em uma maleta. Eles também podem abaixar ou aumentar as frequências cerebrais de acordo com o que queremos fazer e temos que saber que as induções são subjetivas.
Vem associado a matriz, dois óculos (BWS), um possui leds vermelhos sendo 4 de cada lado, outro possui leds azuis sendo 4 de cada lado. Isso e o convencional, ou seja, o que se faz no momento apenas som e luz.
O que hoje se preconiza para que a hipnose instrumental seja uma terapia completa e a seguinte, alem do que tinha, foi adicionado os aparelhos de byfeedbacks como os GSR2, o TONE TREND que e um gráfico semelhante ao EEG acoplado ao monitor de um computador tradicional ou lep top.
Com toda essa tecnologia, podemos ter o paciente em sessão e ao mesmo tempo termos uma resposta fisiológica do mesmo.
No tocante a parte auditiva, substituímos os sons puros que não tem grande utilidade para modificação das conexões neurais por programas pré-elaborados, minuciosamente sofisticados para tratamentos de diversas patologias tais como insônia, depressão, ansiedade entre outras.
FUNCIONAMENTO DA TÉCNICA
Partindo do que já foi dito, essa técnica e uma sofisticação da hipnose tradicional, convencional. Ela foi se aprimorando, se aperfeiçoando e tomando corpo sem modificar a essência das técnicas antigas, quando cientistas e pesquisadores começaram a perceber que as induções artificiais do sono, seriam mais rápidas e eficazes com a introdução de condicionamento por aparelhos especializados.
No caso da hipnose instrumental, vai haver uma indução artificial do sono por foto estimulação e programas de áudio associados aos byfeedbacks,
Automaticamente, em simultâneo o traçado na descendência mostra que o estimulo auditivo esta tendo um efeito bom e se for o traçado na ascendência e porque o estimulo de áudio entra em reação com o condicionamento do cérebro já adquirido anteriormente.
Basicamente o paciente fica deitado em uma maca e será devidamente orientado, pois a primeira sessão e talvez a mais importante devido a ser o rapport principal, ou seja, o cérebro terá que interpretar uma coisa nova para que as outras seguintes fiquem mais fáceis. No condicionamento visual será feito pelos BWS com os olhos fechados ate o final da sessão, porem fala-se ao paciente que se ele abrir os olhos durante a sessão, não acontecera nada porque e apenas uma luz comum. Na primeira sessão a intensidade e baixa e a frequência variável entre 25 a 7 Hz justamente para a baixa da atividade cerebral, já nas outras sessões intensidade alta e frequência variável como a anterior.
Uma das perguntas mais comuns que se faz e porque com os olhos fechados?Tudo que vocês estão vendo e pura física pura matemática. Antes de tudo temos que admitir que tudo seria homogeneamente escuro se não fosse a luz, porem nos precisamos que a luz diminua a sua velocidade para que os estímulos que recebemos através da visão, não fiquem embaçados, sem nitidez. Para que isso aconteça, a física e o corpo humano tem que dar uma mãozinha. (Sabemos que a velocidade da luz e de 300.000k/seg. e para que ela diminua a sua velocidade só em dois casos 1) resfriando o sódio gasoso a poucos bilhões de graus abaixo do zero absoluto 2) Em meio liquido.
No nosso caso os olhos vão servir para o que chamamos em física de fator de atraso, ou seja, o meio liquido de que precisamos para diminuir a velocidade da luz para que os estímulos não sejam distorcidos 1) As pálpebras que servem de difusor para a luminosidade para o cérebro, 2) O humor aquoso e o humor vítreo.
Temos que explicar o porquê do vermelho e o azul nos leds dos BWS. Quando se foca um raio de luz em um prisma, ele automaticamente a decompõe em espectros de ondas eletromagnéticas que a olho nu são em numero de 7. Para nos escolhemos o vermelho e o azul porque são dois opostos, isto e, o vermelho contem um comprimento de onda de aproximadamente 800milimicrons e o azul aproximadamente 400milimicrons.
Como disse anteriormente tudo isso e física e passando para a neufisiologia, para um processo terapêutico o vermelho teoricamente tem uma penetração cortical mais intensa que a azul devido ao seu comprimento de onda, mas tem um detalhe, sabemos que a conotação que se da as cores popularmente são bem diferentes e no caso da luminosidade azul ela psicologicamente tem três propriedades : indução de sono, ansiolítica e tranquilizante.
Voltando a foto estimulação esses estímulos luminosos são captados pelos fotos receptores transformando-os em estimulo elétrico que ira ao tronco encefálico e depois ao córtex cerebral para a interpretação.
Em suma, o objetivo dessa técnica e levar ao sono induzido para o tratamento de distúrbios sintomatológicos vários através da neuroplasticidade com mais rapidez e melhores conclusões, porque se quisermos ir alem do sintomático, partirmos para coisas mais complexas modifica-se totalmente.
EVIDÊNCIA CIENTÍFICA
As fotos abaixo representam imagens computadorizadas da atividade cerebral de um mesmo individuo mostrando a influencia radical dos BWS nos ritmos cerebrais, com apenas 12 min. de uso. As cores nessas imagens, significam intensidade de ondas cerebrais especificas e sua distribuição nas diversas áreas cerebrais, ou seja, baixa intensidade media.
Na parte superior da imagem, o paciente esta com os olhos fechados e as figuras 1 e 3 apresentam as atividades alfa ( 9 a 13 Hz ), principalmente realizada na parte occipital ( parte superior do cérebro, onde existe a parte visual ). Na figura dois apresenta-se a frequência teta, localizada predominantemente no terço trazeiro do encéfalo.
Na parte inferior da imagem esta ilustrada a parte cerebral depois de usar o BWS por 5min. A atividade alfa ( figuras 1 e 3 ) espalhou-se por quase toda a totalidade do cérebro.
A atividade teta ( figura 2 ) aumentou visivelmente e tornou- se centralizada.
Resumindo, as cores representam a inibição cortical avançando da parte posterior da cabeça a parte anterior, isso porque os estímulos luminosos recebidos pelo olho passam pelo quiasma ótico através do nervo óptico e vai direto para o tronco encefálico localizado na parte posterior do cérebro, onde emergem todos os doze pares de nervos cranianos.
APLICAÇÕES CLÍNICAS
As aplicações clinicas frente a essa técnica sao muito comuns em ambulatório que são as depressões, ansiedade, síndrome do pânico, stress pós traumático, algumas psicoses, obesidade, dependência química, na qual cai no mesmo processo de novas aprendizagens para se ter novos comportamentos e tudo isso graças ao processo da neuroplasticidade onde o cérebro se molda frente ao estimulo recebido.
Os resultados ate o momento tem sido extremamente positivos, pois se trata de uma conduta terapêutica não invasiva e que a medida que se evolui no tratamento ela vai diminuindo gradativamente os psicotrópicos, favorecendo assim a diminuição brusca de efeitos colaterais.
Atualmente a pesquisa cientifica mostram o quanto estamos avançando nos processos não invasivos como as EMT e a ETCC e que estão em franco avanço pelas universidades do nosso país.
UMA EXPLICAÇÃO DA HIPNOSE PELA FÍSICA
CONCLUSÃO
Umas das coisas que ate hoje eu não vi em nenhum lugar, e uma definição para a hipnose e não somente o que ela faz. Humildemente defino a mesma da seguinte maneira: ¨ hipnose e uma conduta terapêutica, um procedimento terapêutico que através do sono induzido por meios vários, vai atuar de forma terapêutica em vários distúrbios.
Não vou me estender muito nessa questão devido a ser extremamente complicado, porem vou criticar de forma construtiva tudo que foi definido anteriormente.
Um dos fenômenos que ocorre em hipnose e que intriga a 90% dos profissionais e a Regressão. Existe em raras literaturas relatos de psiquiatras alertando sobre dois fenômenos ligados a regressão que são a distorção e a dissociação do tempo.
Vou ser o mais explicito possível para que se possa atingir a maioria das pessoas que lerem esse artigo. De tudo que foi dito desde a fisiologia do sono no começo do artigo esta certo, nada de anormal, porem ate a pagina dois.
Me perdoem aqueles que não tem afinidade com a física, mas querendo ou não, aceitando ou não, todas as teorias que alicerçaram ate hoje as bases da hipnose podem estar desmoronando se levarmos em conta as teorias da relatividade de Einstein, as teorias do entrelaçamento quântico de que Stuart Hameroff e Penrose falam, sem contar as teorias do cérebro holográfico.
O cérebro para quem não sabe recebe 400bilhoes de bits de informação por seg. Porem só temos conhecimento de 2000. Partindo desse pressuposto as outras informações ficam perdidas porque o nosso cérebro desconhece as demais.
Sabemos atualmente por estudos avançados de física nos EUA, que o sono, ao contrario do que pensam e uma outra realidade que vivenciamos todos os dias em uma dimensão que desconhecemos. Então quando falamos de deaferentaçao e perda de consciência, nos deixamos de ser bombardeados de estímulo que nos compreendemos, porem o cérebro abre as ¨portas ¨para estímulos que estão fora da nossa dimensão.
Na regressão temos que analisar pela teoria do espaço e tempo, ou seja, quando o paciente esta deitado ele esta parado no espaço mas se movimentado no tempo, mais ainda, ele esta ¨viajando¨ a uma velocidade que permite acontecer os dois fenômenos da dissociação e distorção do tempo e quando o paciente traz conteúdos ainda em estado hipnótico, o terapeuta na maioria das vezes conclui que e tudo uma alucinação, uma fantasia, pois esta conclusão esta totalmente equivocada devido ao despreparo de profissionais que não tem o mínimo estudo de física.
Eu acredito que todos os profissionais da área de saúde mental, sejam eles psiquiatras, psicólogos, neurologistas, neurocirurgiões, anestesistas que lidam com os limiares da morte, teriam que entender de física como fazem nos EUA, tais como Prof. Dr. Dean Radim, Hameroff, Penrose e outras entidades que tem o mesmo assunto em comum para que não se cometa erros absurdos que daqui algumas décadas outros cientistas fatalmente comentarão essas falhas.
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